Como colocar a gestão de riscos em prática na empresa?

Como colocar a gestão de riscos em prática na empresa?

Por: Ação Consultoria - 20 de Maio de 2024

Quando você pensa na palavra “risco”, o que vem imediatamente à sua cabeça? Algo negativo, não é mesmo? Você não está errado. Porém, isso também acontece quando se pensa em “gestão de riscos”.

Muitos empresários, ao identificarem o caráter negativo desse termo, pensam que ele diz respeito aos aspectos ruins aos quais o seu negócio pode estar submetido. Pois e se dissermos que, na verdade, uma gestão de riscos vai muito além dos possíveis problemas que a sua empresa pode sofrer?

Afinal, também há riscos de coisas positivas ocorrerem: risco de abrir uma nova filial, de uma aquisição por uma empresa maior, entre outros. Diante disso, é importante saber como realizar uma boa gestão desses processos, a fim de garantir resultados positivos a longo prazo.

E é disso que trataremos neste artigo. Continue lendo e entenda o que são riscos para uma empresa e como colocar uma gestão de riscos eficiente em prática! O que é caracterizado como risco para uma empresa?

Basicamente, risco é tudo aquilo que pode acontecer em um determinado período em uma organização, seja positivo, seja negativo. Ele é derivado de uma incerteza, podendo ser visto como algo arriscado ou uma oportunidade. Para algo ser classificado como um risco, de fato, é necessário analisar 3 pontos essenciais:

evento (aquilo que causa o risco);

probabilidade (chance real do seu acontecimento);

impacto (suas consequências e importância para empresa).

Isso deve ser avaliado tanto para situações positivas (como algo que será benéfico para o crescimento da organização) quanto para situações negativas (coisas que poderão causar prejuízos e problemas a longo prazo). Além disso, os riscos podem ser:

coisas sobre o que você tem domínio;

coisas que você tem consciência de que existem, mas não domina;

coisas totalmente desconhecidas — essas são as mais perigosas, tanto as positivas quanto as negativas, pois o preparo para elas é mais delicado.

Por que a gestão de riscos é importante?

Em primeiro lugar, uma gestão de riscos é capaz de contornar, ou mesmo evitar, uma crise. Ao antecipar situações potencialmente problemáticas, os gestores poderão visualizar a tempo a situação e colocar em prática medidas para evitar que ela, de fato, ocorra.

Além disso, uma Gestão de Risco eficaz pode criar planos de contingência para que, mesmo que o evento ocorra, não cause impacto à Organização.

Vejamos um exemplo: suponha que a sua empresa trabalha em uma área que está começando a apresentar sinais de crise. Os gestores, ao identificarem isso, podem pensar em formas de superar a crise (lançar novos produtos, mudar de área, minimizar os prejuízos futuros etc.) — mas só por meio de uma gestão de riscos eficiente, que observa os possíveis cenários, identifica as tendências e implementa planos para evitar que o problema se concretize.

Como colocar essa gestão de riscos em prática?

Para colocar a gestão de riscos em prática, é essencial ter uma noção das 6 fases que a envolvem. Confira cada uma delas a seguir.

Planejar

Trata-se da realização do documento que conterá todas as diretrizes para uma gestão de riscos eficiente, com um passo a passo para as demais fases. Ele deve ser construído de forma coletiva, com todos os gestores da empresa e os colaboradores responsáveis pela aplicação e controle do que for traçado.

Identificar

Identifica-se os riscos que são possíveis de ocorrer tanto no contexto interno quanto externo, nos quais a organização está submetida. Para isso, uma das principais ferramentas é a análise SWOT e as entrevistas anônimas (Delphi).

Analisar

Essa é a hora de analisar o risco real de ocorrência dos riscos apontados na fase anterior. Quais delas são mais prováveis? Quais estão mais próximas de ocorrer, e quais são as mais graves? Essas perguntas devem estar no cerne da análise, para que seja possível realizar uma lista com os principais riscos, por ordem de importância.

Responder

Agora, como a empresa responderá aos riscos eminentes? Essa fase é estratégica: muitas vezes, o que é definido aqui é o que mostrará as formas de evitar prejuízos para a empresa e a perda de riscos positivos. Essencialmente, esse é o plano de ação.

Monitorar

Após as ações serem tomadas, é hora de monitorar as respostas obtidas por meio disso e ver se essas atitudes estão solucionando os pontos trabalhados anteriormente. Isso deve ser feito com cautela e por meio de uma metodologia eficaz.

Controlar

Nos casos em que não há um controle por parte da empresa, a fase seguinte é implementada. Os gestores manterão o controle da situação o máximo possível, evitando que os danos ou prejuízos se estendam.

Todos os passos devem ser registrados em um documento específico, o Plano de Gestão de Riscos, que deve ser capaz de responder as seguintes perguntas: Qual é a metodologia a ser aplicada para identificação dos possíveis riscos?

Qual será o sistema gerencial de riscos? (deve incluir os processos a serem realizados e a sua periodicidade)?

Quem serão os colaboradores responsáveis por esse processo na empresa?

Como os dados serão coletados e analisados para esse fim?

Quais são as vantagens de implementar uma gestão de riscos?

Ter uma gestão de riscos não é só desejável — é fundamental para a empresa. Para entender isso, é importante compreender as vantagens que ela traz, que são várias:

protege a organização de questões voláteis e incertezas do mercado;

torna o processo de decisão mais preciso e objetivo;

melhora o conhecimento dos processos e atividades organizacionais;

diminui as chances de erros nos processos internos;

reduz os custos gerados com essas falhas;

melhora o trabalho em equipe e a comunicação interna;

estimula a melhoria contínua nos processos internos da organização.

Com tudo isso, podemos ver que a aplicação dessa metodologia de forma eficiente propicia apenas benefícios para a sua organização — além de preparar todos para cenários incertos, garantindo respostas precisas, estratégicas e racionais, seja para os problemas, seja para as oportunidades.

Ação Consultoria | Publicado em 27 de outubro de 2022

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